quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Remo faz dia de festa no interior paraense


A entrada de Mãe do Rio estava calma. No entanto, na estrada de terra batida que levava ao estádio municipal - apelidado de “Joãozão”, em homenagem um antigo torcedor local -, o movimento de carros e, principalmente, de motocicletas passava a impressão de que a cidade se concentrava para ver o jogo da seleção local contra o Clube do Remo. Todos embalados pelo som do tecnobregade vindo de um bar logo em frente ao estádio, afinal, o dia em Mãe do Rio era de festa, com direito a torcedor em cima da caixa d’água, na árvore...
“Hoje é feriado de São Francisco de Assis aqui. Ele é o padroeiro da cidade”, explica Fábio João, 31, funcionário da loja de eletrodoméstico que patrocinou o jogo. “Passamos 15 dias divulgando o jogo nas ruas da cidade no carro-som da loja”, disse Fábio, que para a missão contou com a ajuda de Michael Arruda, 24, e Marcos Taxista, 27. Com o dever cumprido, os três fizeram do mesmo carro-som que utilizaram para divulgar a partida o camarote para assisti-la. “Agora é só pegar a cervejinha, curtir o jogo, o brega, que amanhã ainda vou para Paragominas pegar outro serviço”, afirmou Marcos.
Dentro do bonito estádio Joãozão, a torcida, que não chegou a lotar as arquibancadas, parecia bem dividida entre os que torciam para o Remo e os que vibravam com os lances do selecionado de Mãe do Rio. Reflexo do clima de curtição que predominava na cidade.
Dentro de campo, o Leão Azul teve trabalho. O selecionado de Mãe do Rio mostrava vontade e começou abrindo o placar com Neguinho, que na hora da comemoração não teve dúvidas, foi para a galera. O Remo empatou com o recém-contratado Bruno Oliveira e Jayme foi quem deu a vitória ao Leão. Fim de jogo.
Assim, a pequena cidade de Mãe do Rio, com cerca de 30 mil habitantes, se despediu do Leão. “Boa sorte Remo, agora vamos esperar o Paysandu”, brincou o locutor do bar em frente ao Joãozão.
DEU O CLIMA Bar em frente ao estádio serviu de concentração antes do jogo para a torcida, que curtiu aquele tecnobrega, regado à cervejinha. (Diário do Pará)


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